Para um artista que resolveu pintar o boi, não foi difícil perceber o quanto a figura desse animal carecia de dignidade ou status, sob o ponto de vista da maioria dos consumidores da pintura. Mas esse preconceito sobre a imagem do boi não implica só o comportamento do mercado de arte, implica também as opções intelectuais responsáveis pela animação cultural de cada região. Para um pintor que se envolveu com essas reflexões o desafio temático continua sendo inspiração que leva à realização da obra, já que minha formação artística valorizou o conceito de que a obra de arte reflete o meio sócio-cultural do artista.
Por outro lado, observei que a imagem do boi — entenda-se nesta expressão o touro e a vaca também, em muitas culturas é absorvida com maior receptividade que entre nós. Seja como produto de consumo, propaganda, arte ou mesmo símbolo religioso. A diferença para uma maior ou menor receptividade está certamente na história iconográfica dessas culturas. Nas culturas orientais a imagem do boi é totalmente absorvida, pois ele está ali presente há milênios nos campos, ritos e cultos, e conseqüentemente na arte.
Minhas novas séries de pintura apresentam várias facetas ao mesmo tempo, o que faz com que me sinta bem diante dessa simultaneidade de portas, excitando-me a criação. O mais importante é que a simbologia do boi vem alimentando um crescente vocabulário sígnico na minha linguagem plástica. No decorrer desses anos, a bovinocultura me levou sempre a procurar relações universalizantes: pecus-pecunia, rosas/rosetas, rosa-boi, entre outras abordagens. E durante esse processo, tema e plástica foram se redefinindo, abertos para a liberdade de mergulhar no inconsciente coletivo e trazer de volta, nas tintas, sempre uma nova expressão.
Nome Completo :Humberto Augusto Miranda Espíndola
Nome Artistico : Humberto Espíndola
Ocupação : é um artista plástico brasileiro, criador e difusor do tema bovinocultura.
Estilo De Arte : Bovinocultura
DATA DE MORTE : TA VIVO UHUUU!!!
DATA DE NASCIMENTO : 4 DE ABRIL DE 1943 EM CAMPO GRANDE
Prêmios
- 1968 - Prêmio Prefeitura no III Salão de Arte Contemporânea de São Caetano do Sul;
- 1968 - Prêmio Prefeitura Municipal no III Salão de Arte Contemporânea de Campinas;
- 1968 - Grande Prêmio cidade de Santo André no I Salão de Arte Contemporânea de Santo André;
- 1968 - Prêmio aquisição no I Salão Oficial de Arte Moderna de Santos, São Paulo;
- 1969 - Prêmio aquisição na III Exposição Jovem Arte Contemporânea, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo;
- 1969 - Prêmio Prefeitura Municipal no I Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte;
- 1975 - Prêmio aquisição no II Concurso Nacional de Artes Plásticas da Caixa Econômica de Goiás, Goiânia;
- 1977 - Prêmio de melhor do ano em pintura, Associação Paulista de Críticos de Arte;
- 1979 - Prêmio aquisição no XXXV Salão Paranaense de Belas Artes, Curitiba;
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